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ROBERTA SCRIVANO
Com o número recorde de pré inscrições de 14 mil — 11% a mais do que no ano passado –, começou ontem na capital a 9° edição da Expo Money, evento que atrai vários perfis de investidores ávidos por dicas em tempos de crise financeira internacional.
“Investir na bolsa de valores é um eterno aprendizado. Comecei a frequentar a feira em 2008, quando estourou a crise. Neste ano, quero saber como ganhar com esta queda na bolsa”, diz o comerciante Julio Szuro, de 57 anos. A Bolsa de Valores de São Paulo já acumula uma queda de 23,12 no ano (valor atualizado ontem).
Para o diretor da Geo Eventos, empresa que organiza a Expo Money, Robert Dannenberg, o aumento da procura pela feira no primeiro dia, além de estar ligada à maior divulgação, tem muito a ver com o interesse das pessoas em saber quais serão os reflexos da crise externa em seus investimentos. “A turbulência ocorrida neste ano chamou muito a atenção dos investidores”, revela.
A funcionária pública Elinete Dias dos Santos, de 40 anos, também quer aprender a minimizar os impactos que os problemas financeiros de Europa e Estados Unidos podem trazer. “Estou um pouco preocupada com os meus investimentos”, explica ela.
Para aproveitar a baixa da bolsa, a ideia dos organizações do evento também foi a de atrair investidores da modalidade para as ações baratas. “Podemos dizer que vivemos uma época de grande promoção. É uma boa oportunidade de comprar em baixa agora, para ganhar lá na frente”, ressalta Dannenberg.
“Se for esperto, posso aprender como me aproveitar dos papéis em baixa para lucrar”, diz o estudante de administração Lucas Padoan, 19 anos. A intenção dele é começar a investir agora.
Ser grande
O plano do técnico em informática Samuel Santos, 30 anos, é aprender mais sobre como investir em ações e viver disso no futuro. “Quero ficar em casa, com meu filho no colo mexendo no home broker (plataforma online de negociação de ação)”, completa o jovem, enquanto assistia a uma palestra sobre análise de gráficos.
E foi a Expo Money que ajudou o economista Lucas Bender, 27 anos, a se iniciar. “Comecei a investir em 2007, primeiro ano que vim à feira”, conta. Hoje, ele é investidor profissional. “Ajudei a organizar um grupo de investimento, do qual sou um dos coordenadores. Esse é o meu trabalho”, emenda.
O economista conta ter vindo à Expo Money justamente para se atualizar, conhecer novas corretoras e novos home brokers disponíveis no mercado. “Venho para me aprofundar no assunto”, diz.
Finanças pessoais
O interesse do público também foi grande no Espaço Mulher, onde empresárias dividiram experiências e deram dicas em relação ao sucesso profissional e finanças pessoais. Foi onde a dona de casa Maria Izabel Mantovani, 53 anos, busca conselhos sobre como organizar seu orçamento familiar. “Quero aprender e melhorar a contabilização dos ganhos e gastos que temos em casa”, afirma.
Outra atração foi a Clínica Financeira, espaço onde as pessoas podem receber conselhos sobre finanças pessoais. “Já tenho disciplina para poupar. A ideia agora é formar uma boa aposentadoria”, conta Miguel de Aguiar, que buscava a ajuda dos orientadores.
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